26 de jul. de 2014

Projeto de Conclusão - Reflorescente - Moda masculina, consumo autoral e coolhunting.

Imagens referentes ao meu TCC, aprovado com nota 10 pela banca julgadora da faculdade SENAI/CETIQT

Mini Editorial da coleção 'Guizhou Sheng - Acima do céu' |Roupas, fotografia, edição e layout por mim| 


Chamada para o preview da coleção:


'O reformador desenhista ' |Conceito e layout por mim| + Inspiração / modelagem / recortes / cores







7 de nov. de 2013

Elaboração de conceito - Primavera/Verão 2013

Organic Minimalism

Temporada: Primavera-Verão
Estilo: Romântico - Vintage 
Sensação: Conforto - Frescor
Inspiração: Natureza - Luminosidade

Descrição: O nome ‘Organic Minimalism’ (minimalismo orgânico) vem da análise de como a natureza se mostra grandiosa até mesmo quando observada muito de perto, ou seja, trata-se de demonstrar como apenas os mínimos detalhes tem o poder de conferir grandiosidade.

Tendo essa referência como ponto de partida foi elaborado o moodboard inicial:


Desse moodboard pode ser aproveitado as nuances de cores claras, combinações entre tons rosados e verdes, simplicidade, transparência, acessórios leves e ambiente arejado.

Pantones: 




Inspiração para modelagens:


Inspiração para detalhes e texturas:




11 de ago. de 2013

'A indumentária extraterrestre'

- Proposta para draping e pintura manual em tecidos

(Material apresentado na disciplina 'Draping detalhamentos', ministrada por Rosanna Naccarato  [Faculdade Senai/CETIQT] obtendo média 9,5. E hoje pertence ao acervo da faculdade.)

A ideia da 'Indumentária Extraterreste' partiu da necessidade de se criar um modelo de vestido dentro das aulas de draping onde o foco eram os detalhamentos. Para se chegar ao conceito final foram trabalhadas algumas ideais no campo da moda, design e artes. Entre eles, como ponto de partida se tomou o futurismo dos anos 60 como na proposta da 'Era Espacial' de Pierre Cardin e nas experimentações, seguindo também a linha espacial, de materiais alternativos usados por Paco Rabanne. O que se seguiu adiante foram divagações acerca do 'contemporâneo' do 'novo' e do quê seria uma 'moda espacial'. O resultado foi uma roupa completamente desconstruída usando técnicas de draping, costurada e pintada a mão e tendo com inspiração o que uma 'tribo extraterrestre' usaria.

Primeiros testes de técnica/ costura e pintura:

          
           

Croqui do modelo:



Detalhes da peça final:




Peça final:

           



30 de mar. de 2013

Pintura Manual - 'Ecopsicodelia'



(Parte do material apresentado na disciplina optativa 'Produção de moda Avançada', 
ministrada por Rosanna Naccarato  [Faculdade Senai/CETIQT]) obtendo média 10.)


O projeto dessa produção visou valorizar a estética da moda masculina nos anos 70, algo que tem se mostrado cada vez mais atual no street style contemporâneo. 
O 'paz e amor', o 'flower power' e a psicodelia hippie foram apresentados através da confecção de pequenas peças feitas a mão que exaltam  seu  caráter ecológico:


Tecidos pintados:


      

Peças produzidas para a produção:


 

        



Algumas fotos da produção:

     

Todas as fotos da produção - Facebook.

29 de mar. de 2013

Materiais Alternativos - O Barroco cibernético


(Parte do material apresentado na disciplina Produção de moda – 6º período, ministrada por Rosanna Naccarato  [Faculdade Senai/CETIQT] obtendo média 10.)


A proposta ‘Barroco Cibernético’ se trata da análise do projeto de bijuterias/adornos feitos com materiais descartados e reaproveitados. Foram utilizados na confecção destes, diferentes tipos de papéis como papel vegetal e papelão de embalagens de mercado, assim como sobras de aviamentos metálicos e tinta acrílica.
Como a produção das bijuterias/adornos se deu baseada na palavra-chave ‘futurismo’ foi criada a ideia de releituras profundas sobre o passado mesmo em um futuro distante, onde movimentos marcantes continuam contribuindo esteticamente e sendo valorizadas pela contemporaneidade, capaz de assimilar excesso de informações  onde tudo acontece ao mesmo tempo, como se lê no livro ‘Moda Contemporânea’ de Cristiane Mesquita:

''Simultaneidade. ‘Tudo ao mesmo tempo agora’. Lembre-se da noção de ‘tempo zero’. A ideia de simultaneidade não perpassa somente a noção do tempo, mas também a estética . O ecletismo é uma característica importante das manifestações artísticas e culturais contemporâneas. Na moda, aparece nas propostas de linhas estilísticas das mais diversas...'' (MESQUITA, 1998 p.50)


Release:

‘Século XXI, anos mil, final de ciclos, começo de eras. 
A anos estamos imaginando o futuro enquanto abraçamos antigas 
tendências e nos jogamos nos vanguardismos contemporâneos, 
buscando respostas para perguntas que ainda não pensamos, 
colecionamos desejos e olhamos para trás com admiração pelo que já foi feito.
A partir dessa ideia de transitar entre as reflexões humanas acerca de passado e futuro,
mergulhamos em nós para trazer, através de acessórios feitos de matérias alternativos 
essa união eclética entre diferentes faces do mesmo tempo. 
E nesse reinvenção estética apresento: O Barroco Cibernético.







MESQUITA, Cristiane. Moda Contemporânea – Quatro ou cinco conexões possíveis. São Paulo: Anhembi Morumbi, 1998.



Materiais Alternativos - Colar de folhas


                 (Parte do material apresentado na disciplina Produção de moda – 6º período, ministrada por Rosanna Naccarato  [Faculdade Senai/CETIQT] obtendo média 10.)

Colar de folhas feito para simular uma espécie de ‘gola avulsa’ para produção de moda que se tratava da natureza consciente. A ideia era misturar folhas de outono, devido ao colorido característico das mesmas, e criar uma peça de textura única.






3 de jan. de 2013

Materiais Alternativos - A estética do sufocar pt. 1

Tenho feito alguns trabalhos utilizando-me de materiais alternativos, a maioria para dar algum
fim as coisas que ando acumulando. Guardo alguns materiais que podem ser transformados,
ou aproveitados na transformação de alguns outros objetos, o que pode ser entendido na passagem
transcrita pelo designer italiano Bruno Munari no livro 'Das coisas nascem coisas':

'Se devem considerar as coisas não apenas naquilo que são,mas também no que poderiam ser.Em geral,a mesma coisa pode ser examinada sob muitos aspectos e ás vezes os pontos de vista menos óbvios se revelam os mais úteis. Vale sempre a pena,quando se compreende uma coisa naquilo que ela é,aprofundar seu exame para ver o que poderia ser'                    
                 - Edward de Bono      
                 
O que de fato o psicólogo Edward de Bono diz nesse parágrafo do livro ''Impare a pensare in 15 giorni'' (Aprender a pensar em 15 dias) é que devemos observar que objetos projetados para determinados fins
podem ser aproveitados para diferentes funções, é o que podemos chamar de interdependência sustentável no design de produto.

Mas voltando ao uso dos materiais alternativos, considerei mais a ideia da 'possibilidade', no caso da criação, do que da 'utilidade' (que nesse ponto do discurso vai do critério de cada um), visto que sou designer de moda meus pensamentos permeiam naturalmente a estética corporal, logo então usando-me
dos materiais que tinha, tendo o corpo como base e com a intenção de levantar uma crítica a degradação do ecossistema, confeccionei uma espécie de 'peça piloto' e comecei a amadurecer uma ideia que intitulei  de 'A estética do sufocar'.



Material:  Sacolas plásticas (polietileno de baixa densidade) / Tinta acrílica / Fita de cetim
           
                                

             



MUNARI, Bruno. Das coisas nascem coisas. São Paulo: Martins Editora, 2002.

Links:

Resenhas do Livro

25 de dez. de 2012

Minha grande descoberta:

A importância do 'Por quê' na criação.

Durante a faculdade, ou até mesmo em cursos na área de design a busca por soluções eficazes é iniciada através de perguntas básicas como: ''Para quem?'' ''Onde?'' ''Quando?'' ''Pra quê?'' etc. Tais perguntas acabam culminando nas estratégias de design que estão sempre visando inovações e melhorias, mas não é exatamente disso que se trata esse post, o que quero dizer é que de fato as respostas alcançadas durante a fase de pesquisa são de grande valia para a formação do processo criativo. Entretanto foi
fora das aulas, em breves conversas com dois de meus professores, com os quais mais me identifiquei durante meu curso de design de moda, que eu compreendi que dentre todas as perguntas que eu pudesse fazer a mim mesma, a mais difícil era também a mais importante: Por quê?

#Aqui aproveito para sugerir a leitura do artigo ''O design de moda e os lugares de memória: Ronaldo Fraga e sua coleção Pina Bausch'' (que poderá ser encontrado na seção de links ao final do post). Nesse artigo os autores João Dalla e Pedro Duarte de Andrade conseguem nos fazer compreender como se dá esse 'Por quê' através de uma análise sobre o sensacional estilista, da qual sou fã, Ronaldo Fraga.

Pois bem, durante o convívio com estes meus professores, uma produtora de moda, exímia modelista, mestre na arte de entender e interpretar o mundo e as pessoas, e um designer gráfico, artista plástico e defensor da força expressiva que existe na mais modesta simplicidade, eu pude absorver um pouco da visão pessoal que cada um tinha com sua própria maneira de se mostrar naquilo que faz, de modo bem particular e muito interessante.

Dessa forma pude ampliar minha sensibilidade a ponto de finalmente buscar as respostas que me definiam como criadora. Ao tratar a ideia como uma conexão entre experiências individuais,como na célebre frase de Steve Jobs ''Criatividade é somente ligar as coisas'', a cada novo pensamento que surgia eu procurava entender o que me levou a ter aquela ideia, fragmentando-a até encontrar suas raízes e exteriorizando-a através das lembranças que estava tendo.

Este exercício inicial me levou a levantar questões sobre meus próprios gostos e entender de onde eles surgiram: ''Por que gosto desse cheiro?'' ''Por que essa cor me deixa feliz?'' ''Por que essa textura me agrada?'' ''Por que essa forma me atrai?'' E assim minha mente foi tecendo uma série de perguntas que para a minha surpresa eram absolutamente fáceis de responder.De repente eu estava vendo minha infância, não com o olhar de quem se lembra, mas com o mesmo olhar que tive no momento das minhas primeiras descobertas, foi quando eu me percebi no mesmo espaço-tempo, admirada com minha própria visão do mundo.

E então eu me lembrei de como era divertido manchar minhas camisas brancas com tintas, esmaltes e seiva de plantas, lembrei de como minha imaginação me permitia criar o que eu quisesse com plásticos, papéis, pedras, conchas, galhos e folhas. Lembro-me de enxergar formas na ferrugem, na tinta descascada e nas manchas das árvores e de perceber que cada centímetro do meu quintal era um universo inexplorado.

Quando você compreende o seu 'Por quê' é como se acordasse dentro de si mesmo e, finalmente, encontrasse a liberdade criativa que nenhuma aula é capaz de te dar e que ninguém poderia te dizer como é. Assim sendo, da mesma forma como cada um de nós é único, nossa criação também deve ser. Eu os convido a fechar os olhos para trivialidade e buscar dentro de vocês suas próprias visões, seus lugares de memória. A moda carece disso.




Links:

Livro Design Thinking - google books
Artigo ''O design de moda e os lugares de memória: Ronaldo Fraga e sua coleção Pina Bausch'' - REDIGE